
O bordado do Seridó, tradicionalmente trazido pelas mulheres dos colonizadores portugueses da Ilha da Madeira no século XVIII, vive um novo momento de valorização e reconhecimento. Recentemente, o governo estadual do Rio Grande do Norte sancionou a lei que reconhece oficialmente o bordado como patrimônio cultural e imaterial do estado, um projeto de iniciativa da deputada Isolda Dantas (PT).
Antes visto como um ofício de moças prendadas, o bordado se consolidou como uma importante fonte de renda para muitas famílias, especialmente na região do Seridó. A deputada Isolda Dantas destaca que, além de ser uma fonte de sustento, a prática ressignifica a tradição artesanal e se tornou um símbolo identitário da região.
A valorização do bordado tem se intensificado com iniciativas como o selo de Indicação Geográfica (IG), concedido em 2020 aos Bordados de Caicó. Esse selo, que garante a procedência e qualidade dos produtos, foi fruto de uma longa batalha de 12 anos e tem sido fundamental para tirar as artesãs da invisibilidade e abrir novos mercados. Além disso, a conquista do selo tem impulsionado a identidade local, reconhecendo os bordados de Caicó e outros 11 municípios do Seridó como uma marca de excelência.
Outro marco recente foi a inclusão do bordado seridoense no casamento da primeira-dama do Brasil, quando um vestido totalmente confeccionado por bordadeiras da região chamou a atenção do País.
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