
A nova resolução permitindo que farmacêuticos, devidamente qualificados, prescrevam medicamentos que tradicionalmente exigiriam receita médica, é uma medida que preocupa especialistas que atuam com pesquisa clínica. A Dra. Greyce Lousana, presidente executiva da Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica (SBPPC), destacou vários pontos que precisam ser cuidadosamente avaliados.
“Trata-se de uma questão envolvendo uma série de aspectos que precisam ser avaliados tanto pela categoria dos médicos quanto pela categoria dos farmacêuticos. A grande preocupação é uma prescrição sem anamnese e sem conhecimento prévio do histórico do paciente, resultando em um diagnóstico impreciso. Além disso, o acompanhamento do paciente é primordial para o adequado tratamento”, expressa a profissional.
A Dra. Greyce reconhece a formação acadêmica intensiva que os farmacêuticos recebem, capacitando-os para realizarem anamnese e interpretarem exames laboratoriais, conferindo-lhes um papel de destaque no âmbito da saúde pública, principalmente em cenários de urgência, onde o tempo é fator crucial.
Porém, ela reforça que a prescrição sem critério pode representar riscos significativos. “O que precisa ser avaliado é em quais situações essa prescrição vai poder ser feita. Porque, realmente, se for simplesmente todos os farmacêuticos poderem fazer prescrição sem nenhum monitoramento do paciente, certamente isso será um risco”, complementa a Dra. Greyce.
A resolução foi aprovada no dia 20 de fevereiro deste ano pelo plenário do Conselho Federal de Farmácia (CFF) e publicada na última segunda-feira (17), no Diário Oficial da União, com previsão de entrar em vigor em 30 dias.
Mesmo com essas diretrizes, a SBPPC destaca a necessidade de um diálogo interprofissional contínuo e de políticas que assegurem que as prescrições sejam realizadas com base num conhecimento abrangente sobre o paciente e sempre acompanhadas de iniciativas de monitoramento contínuo.
Semana Municipal de Informação e Divulgação da Pesquisa Clínica
Nesta semana, de 17 a 22 de março de 2025, a SBPPC promove a Semana Municipal de Informação e Divulgação da Pesquisa Clínica, instituída pela Lei Municipal nº 13.227/2001 e consolidada pela Lei nº 14.485/ 2007 como um marco para a conscientização da população sobre a relevância dos estudos clínicos à saúde. A programação vem reunindo especialistas, pesquisadores e representantes do setor de todo o país para debaterem os avanços e desafios da área.
“A SBPPC atua há 26 anos com o objetivo de promover conhecimento a especialistas e ao público em geral sobre a importância e a finalidade da pesquisa clínica em todos os campos da vida. Além de abordar técnicas e inovações segmentadas a profissionais, nossas atividades têm o propósito de levar informações para a população, visando desmistificar o termo ‘cobaia’ e demonstrar que o estudo científico melhora a assistência e gera produtos seguros, eficazes e com qualidade”, ressalta a Dra. Greyce Lousana, presidente executiva da SBPPC e referência em pesquisa clínica no Brasil.
Neste sábado, dia 22, acontecerá o XXVI Encontro Nacional de Profissionais em Pesquisa Clínica, que trará como tema central: "O que esperar dos profissionais em pesquisa clínica para a próxima década". Entre os palestrantes confirmados, estão nomes de peso, como:
-Dra. Greyce Lousana, presidente executiva da SBPPC, referência na área e responsável por fomentar discussões estratégicas sobre a pesquisa clínica no Brasil.
-Prof. Dr. Gonzalo Vecina Neto, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP e ex-presidente da Anvisa, que abordará os desafios regulatórios e estratégicos para o avanço da pesquisa clínica.
-Dr. Gustavo Mendes, diretor executivo da Fundação Butantan, trazendo insights sobre os aspectos regulatórios essenciais para ensaios clínicos.
-Prof. Dr. Luiz Dieckmann, CMO do Grupo Med.IQ (Diretor Médico executivo) e Chairman do Instituto Brasileiro de Farmacologia Prática (Grupo BIPP), que discutirá o impacto da farmacologia na pesquisa clínica.
A programação promete debates enriquecedores e uma oportunidade única para atualização e troca de experiências no setor. Além de ser uma propagadora de conhecimento para a população sobre a importância dos estudos clínicos ao dia a dia das pessoas.
Sobre a SBPPC
A Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica (SBPPC) é uma entidade civil de finalidade não lucrativa, idealizada e fundada em junho de 1999 por um grupo de profissionais atuantes na área de pesquisa clínica. A iniciativa surgiu a partir da ideia e determinação da Profa. Greyce Lousana, bióloga e médica veterinária, que respondeu pela presidência da instituição de 1999 a junho de 2007.
A SBPPC foi a primeira associação brasileira a se preocupar com todos os profissionais que participam direta ou indiretamente do processo de condução de pesquisa clínica com foco na saúde humana e na saúde animal. Entre seus objetivos, estão: a integração dos diferentes profissionais do setor e a divulgação do tema “pesquisa clínica” para a população leiga.
Em suas atividades diárias, a SBPPC procura manter uma constante troca de informações entre as iniciativas pública e privada, instituições de ensino e pesquisa, instâncias governamentais, pesquisadores e demais interessados no tema. Os membros da diretoria, conselho consultivo e comissões técnicas de assessoramento, trabalham para promover ações de interesse de seus associados e profissionais da área.
XXVI Encontro Nacional de Profissionais em Pesquisa Clínica
Dia: 22 de março, sábado
Horário: 8h às 18h45
Local: Grand Mercure Hotel São Paulo IbirapueraRua Sena Madureira, 1355 - Ibirapuera, São Paulo - SP
Site: www.sbpcc.org.br
Informações à imprensa – infato comunicação
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