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Recursos para a segurança não chegam ao Estado, por quê será?


Ministro da Justiça, Flávio Dino, veio ao RN durante os ataques e prometeu recursos ao Estado/ Reprodução: Tribuna do Norte/ Foto: Magnus Nascimento

Ministro da Justiça, Flávio Dino, veio ao RN durante os ataques e prometeu recursos ao Estado/ Reprodução: Tribuna do Norte/ Foto: Magnus Nascimento


Quase um ano após os ataques intensos perpetrados por facções criminosas que assolaram o Rio Grande do Norte, a prometida injeção de R$ 100 milhões em recursos para reforçar a segurança pública no estado não se concretizou como planejado. Do montante, menos da metade foi convertida em ações efetivas, como aquisição de viaturas, fuzis e pagamento de diárias operacionais. O restante permanece pendente, aguardando a superação de entraves burocráticos e a execução de projetos.


No auge da crise, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou a destinação de recursos para compra de equipamentos, investimento em infraestrutura e pagamento de diárias operacionais para as forças de segurança. Contudo, a execução desses planos enfrentou desafios significativos.


A burocracia e a demora na entrega por parte das empresas foram apontadas como obstáculos pelo secretário de segurança e defesa social do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Araújo. Ele explicou que a dificuldade reside não apenas na aquisição de equipamentos, mas também na disponibilidade das empresas em atender à demanda.

Dos R$ 100 milhões prometidos, apenas uma parte foi efetivamente utilizada. Cerca de R$ 10 milhões foram destinados a diárias operacionais, R$ 15 milhões foram empregados na compra de 500 fuzis e 70 viaturas, e R$ 19 milhões foram alocados para aluguel de 300 viaturas para a Polícia Militar e Polícia Civil.


Entretanto, o secretário ressaltou que a entrega completa desses equipamentos encontra-se em fase de conclusão, com algumas viaturas ainda aguardando a finalização do processo de montagem e adesivagem. Outros R$ 30 milhões estão reservados para compensar obras assumidas pelo governo estadual, convertendo-se em 75 viaturas e 4 mil coletes para as forças de segurança.


Apesar dos contratempos, o secretário assegurou que as obras e aquisições estão em andamento, com ordens de compra já emitidas. No entanto, a demora e os desafios enfrentados na implementação dos planos revelam a complexidade da tarefa de reforçar a segurança pública em um cenário pós-crise de grandes proporções.


Enquanto isso, as demandas por melhorias nas condições prisionais e no sistema penal permanecem, ressaltando a necessidade de uma abordagem abrangente para enfrentar os desafios de segurança no estado.

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